Sou graduada em Serviço Social pela PUC-Campinas desde 2003 e especialista em Desenvolvimento do Potencial Humano nas Organizações, também pela PUC-Campinas, com formação concluída em 2006. Nos últimos três anos, atuo como psicanalista clínica, além de ser professora de psicanálise e supervisora de casos clínicos.
Minha trajetória profissional inclui 15 anos de atuação como assistente social, principalmente nas políticas de assistência social nas cidades de Campinas e Itatiba. Trabalhei em uma diversidade de serviços, como educação infantil, família acolhedora, abrigos, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, além do serviço especial de proteção à família. Essas experiências foram fundamentais para meu desenvolvimento e para minha compreensão das dinâmicas humanas e sociais.
Contudo, para entender minha trajetória profissional, é essencial revisitar minha história pessoal. Nascida em uma família comum, como tantas outras, enfrentei desafios significativos. Minha mãe foi vítima de violência doméstica e meu pai, uma figura marcada pela violência. Como criança, fui silenciosa e sonhadora, enfrentando dificuldades de aprendizagem. Na adolescência, vivi o impacto de ver minha mãe sofrer um AVC, que a deixou sem andar e sem se comunicar pelos próximos 30 anos. Isso trouxe à tona a necessidade de cuidados em uma fase da vida onde a figura materna é central.
Durante muito tempo, busquei respostas para minhas angústias primárias, que se refletiam em relacionamentos quebrados e uma experiência frágil de maternagem. Essa busca me levou a me envolver em trabalhos que contribuíssem de forma significativa para o resgate da identidade de mulheres, crianças e adolescentes, o que faço até hoje, agora com maior consciência e clareza.
A psicanálise foi um caminho essencial não apenas para entender minha própria trajetória, mas também para dar novos significados à minha experiência pessoal. Através do estudo de grandes teóricos e da prática clínica, compreendi a importância de reconhecer minhas falhas e de me abrir a novas ressignificações.
Hoje, compartilho essa consciência com tantas Anas e Paulas que encontro ao longo do meu trabalho, mostrando o quanto a psicanálise pode proporcionar não apenas uma nova profissão, mas um novo sentido diante da vida. Mais do que isso, busco incentivar a compreensão do papel vital que a função materna e paterna desempenha na construção de futuras gerações, ajudando pais a enxergarem a importância desse exercício na vida dos filhos.
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